A paixão de Nichetti

. . Nenhum comentário:
Perfil da repórter da Comunicaqui! Camila Nichetti, escrito por seu colega Jean Carlos Foss

A sala da turma do sexto período de Jornalismo costumava ter duas Camilas e uma Camile. Uma verdadeira confusão para alguns dos professores. Uma das Camilas, porém, resolveu deixar a sala. Se ela ainda continuasse lá, a confusão poderia se dissipar após a leitura deste texto, que não visa falar da Camile ou da Camila que nos deixou, mas, sim, da Camila que sempre esteve lá.

Camila Nichetti, geralmente, senta-se à direita, na fileira de carteiras da parede. Ela observa bastante e fala pouco. Questiona quando necessário e faz piadas de vez em quando. É vista com a camisa do Coritiba, seu time de coração, em quartas-feiras, dias de jogos. Costuma passear entre momentos de timidez e de seriedade e chega dez ou quinze minutos depois do horário de início das aulas.

Mas Nichetti é feita de mais do que fatos empilhados acerca do que ela faz dentro do ambiente acadêmico. A jovem de 20 anos, nascida em São José dos Pinhais, onde ainda mora, cresceu cercada pelos primos e pelo irmão, com quem costumava passar as tardes durante a infância, após a manhã na escola. Entre partidas de bets e subidas em árvores, ela teve a oportunidade de concretizar amizades ainda naquela época, o que tornou a infância da garota em um período doce com o qual ela se lembra com muito carinho. Carinho que se iguala àquele pelo qual ela cultiva pelo futebol.

Tradição familiar, o esporte sempre fez parte da vida da estudante, que só não é mais fanática pelo Coxa do que a sua avó, de 78 anos. A matriarca é um exemplo para Nichetti, que teve a sua primeira grande experiência com a prática aos oito anos de idade, quando foi levada ao estádio do Coritiba para uma final de campeonato. Lá, ela sentiu, pela primeira vez, o agito, a alegria e toda a atmosfera criada por uma torcida de futebol, que a espantou, em um bom sentido. Tão bom, aliás, que ela até se aventurou a jogar. E jogava bem. Uma vez que chegou, inclusive, a viajar e jogar campeonatos com o time do colégio.

Pendurou as chuteiras após se machucar e, com a falta de tempo que a rotina trouxe com o tempo, preferiu lidar com o futebol por um viés diferente: o do jornalismo. Ela sabia que após 12 anos frequentando jogos e se inteirando mais sobre o assunto, poderia criar o seu lugar no jornalismo esportivo. E esse tem sido o sonho de Camila dentro do curso de Jornalismo. Trabalhar com o que ama.

Porém, não foi bem o futebol que a levou para esse lado das ciências humanas, mas o gosto pela leitura, pela escrita e o dom de ouvir e contar histórias. Qualidades que a levaram a desenvolver, também, outras pretensões na academia, como fazer uma especialização e um mestrado para, quem sabe, lecionar. Um plano e tanto para essa fã de Arcade Fire e Red Hot Chilli Peppers, que vê nos amigos um porto seguro e na música uma válvula de escape para o estresse. Mas que encontra na companhia da mãe, sua melhor amiga, apenas, a verdadeira paz.

Neste ano, Nichetti tem trabalhado na assessoria de comunicação das Faculdades Integradas do Brasil. Por isso, tem tido uma rotina um tanto quanto pesada, pois divide seu tempo entre afazeres da faculdade e do trabalho. Todavia, isso não a impede de arranjar tempo para os amigos, os quais costumam acompanhá-la para bares para conversas sobre a vida, para viajar e deixar claro que, nem sempre consegue fazer tudo da melhor forma possível, mas faz tudo da melhor forma que consegue.
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Jornalismo UniBrasil

RadioWeb UniBrasil

Agência Midiabólicos