O silencioso roqueiro engomado

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Perfil do repórter da Comunicaqui! Jean Foss, escrito por sua colega Camile Kogus

Calça social, camisa engomada, sapatos lustrados e cabelo sempre arrumado. Se tem uma coisa que eu, Camile Kogus Alves, nunca vi foi Jean Carlos Foss andando desalinhado pelos corredores da UniBrasil. 

Sempre misterioso, sentado em silêncio nas últimas carteiras da sala – fato que eu sempre achei curioso levando em conta o baixo número de alunos no 6º período de jornalismo -, o futuro jornalista fala pouco para a profissão que quer seguir. Em compensação, nas vezes que consegui ouvir sua voz, as palavras ditas revelaram um garoto com a bagagem cultural promissora.

Tímido e dono de um sorriso que conquista os corações de muitas calouras de jornalismo, o curitibano de gema não se importa de ser tachado como “diferente”, pelo contrário, adora o termo que revela muito de si. 

A personalidade quieta e introvertida acompanha Jean desde sua infância, quando ainda tinha poucos amigos. Foi uma criança tranquila. Não arranjava problemas na escola, desde que não mexessem em seus tazos (objetos comuns para quem comia salgadinhos nos anos 1990). Certa vez, um menino decidiu roubar enquanto jogavam bafo e o nosso elegante personagem se enfiou em uma briga. Sua primeira, aliás. 

A maioria das lembranças que acompanham o aspirante a consultor de moda masculina parecem ser divertidas. Desde o seu primeiro beijo - aos 13 anos em um cinema -, até o seu primeiro violão, Jean recorda sua trajetória sorrindo, desviando o olhar para o chão. O moço é tímido, afinal de contas. 

Fã de Metallica e Led Zeppelin, Jean espanta seus interlocutores ao se mostrar um roqueiro. Pomposo, sem um fio de cabelo fora do lugar, vestido como se fosse a um concerto de ópera, ele bate presença em quase todos os conhecidos bares de rock de Curitiba.

O gosto pelo som, comum em locais como o Hangar Music Hall, é apenas uma de suas paixões. Desde os 14 anos, Jean se dedica a entender e praticar o gosto por moda masculina. Ele inclusive tem um blog sobre o assunto.

Quando Virgínia Bastos, também estudante de jornalismo, sentou no banco do bloco 2 e abraçou o aluno transferido da PUC-PR, mal podia imaginar que dali nasceria uma amizade para a vida toda. O olhar diferente dos demais foi o que chamou a atenção da ruiva que hoje é uma das melhoras amigas de Jean. “Ele é sensível, um legítimo cavalheiro que adora conversar sobre as coisas da vida. E, como um bom jornalista, nos mínimos detalhes. Ele percebe coisas que nem todos os homens percebem”, afirma Virginia. 

Quase todas as terças-feiras, mesmo tendo aula apenas no segundo horário, no 4º período de jornalismo, a ruiva entra na sala do 6JOAN às 19h, cumprimenta a todos, e vai em seguida se sentar ao lado de seu “best”. Ali eles ficam conversando até o horário do intervalo, quando ambos saem juntos para finalizar o papo.

Mas não pense que a personalidade do futuro jornalista se resume a ser um gentleman, Margarete Foss, mãe do Jean, sabe muito bem como é aguentar a teimosia do garoto. Quando acorda de mal humor é melhor nem chegar perto. Mas, tirando os dias ranzinzas, a Sra. Foss garante que seu “bebê” é gentil e determinado.

Nunca cheguei a encarar um dia mal-humorado do Jean na faculdade, mas posso dizer que há ocasiões que ele está menos falante. Isso de certo modo me instiga a observar mais o garoto arrumadinho e inteligente a qual apelidei carinhosamente de “Enfeite de gente rica”, aquele tipo de achado caro e raríssimo que você gosta apenas de observar.

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