O sonho está na primeira fileira

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Perfil da repórter da Comunicaqui! Julmara Mendes, escrito por sua colega Jhenyffer Borges



Em cima de uma moto Virago XV de cor grená, ano 2001, ela vê sua vida passar em uma correria sem fim. Otimista é uma palavra possível para descrevê-la. Como piloto de sua própria trajetória, Julmara Mendes acredita que tudo está bem, pois as coisas têm seu lado bom.


A felicidade espontânea, às vezes, dá lugar às sensações ruins. Parte do seu dia a dia. Julmara divide seu tempo para cuidar da mãe de 83 anos que sofre com Mal de Parkinson. A progenitora é sua prioridade. A vida agitada de assessora de imprensa da Policia Federal é intercalada por sua paixão por motocicletas e pelo Jornalismo, profissão que estuda para exercer nos próximos anos. 

A vida pessoal da nossa motociclista é um mistério para muitos. Dizem por aí que, por elegância, não se pergunta a idade de uma mulher. Julmara tem 48 anos, bem vividos. A  idade não a incomoda. Na faculdade, ela até tira vantagem disso. "Essa diferença de idade só me trouxe alegria, haja vista que só me favoreceu em vários aspectos da vida acadêmica e que me permitiram fazer bons trabalhos e contatos’’.

Camile Kogus, sua grande companheira de trabalho na graduação, diz que sua personalidade é marcada por uma história de zelo com a família, especialmente com a mãe, pois seu pai faleceu em 2006. A amiga ressalta a dedicação para a carreira, seu sonho, cultivado ainda criança, quando brincava com blocos de papel e pneus de carreta - seu escritório improvisado daquele jornalismo infantil. 

A família de Julmara é de São Paulo. Os irmãos moram na mesma quadra, mas a distância parece maior. O laço é maternal mesmo. Aliás, a estudante de Jornalismo praticamente se emociona quando se imagina recebendo o diploma aos olhos da mãe, Odila Mendes, daqui a pouco mais de um ano. 

Um dos seus sobrinhos, Raphael Lucas Mendes, conta que a maior lembrança que tem da tia são as canções. "Quando criança, nós viajamos muito para Guaratuba. Ela dirigindo e ouvindo Bob Marley é uma das lembranças mais vívidas em minha memória", diz, com saudade. 

Ao fim de cada dia e de cada dificuldade, Julmara mantém uma prece. A reza serve como lema, que a direciona para prosseguir. "Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras". As palavras ecoam em sua cabeça enquanto trabalha, descansa e pilota sua moto. 

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